Quando eu te vi, tudo voltou.

Hoje eu te vi.
Te vi pela janela do ônibus.
Depois de tudo, de tanto tempo, eu te vi.
E foi como se fosse a primeira vez.
Não a primeira vez que eu te vi, mas sim, a primeira vez que senti.
Sim. Tudo voltou. Eu pude sentir tudo novamente. E voltou mais forte. 
Foi como se tudo que eu não senti, nesse tempo em que estávamos distantes, tivesse sido acumulado e voltou assim, de uma vez.
Tu não me viu. Claro. Como sempre.
Fiquei por alguns segundos te observando. Não mudou nada.
Tua cara séria. Meu Deus! Como eu amo tua cara séria!
Esse teu jeito. Único. Sempre me deixando em dúvida.
Mas é essa dúvida, essa aterrorizante dúvida, que faz com que eu sinta cada vez mais.
Por isso, eu te peço: não me dê certeza. Nunca!

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